Já têm alguns meses que sou proprietária e editora da Revista Beleza em Curvas e podem acreditar, já ouvi todo tipo de explicações de lojistas plus size, grandes marcas e agências sobre o por que não anunciar na revista. Mas a verdade é que ainda não somos reconhecidos com o respeito que qualquer outro público consumidor é. No entanto, não me intimido, apesar das dificuldades temos mantido as edições porque acredito neste público e acredito mais ainda que quando, cada um de nós, individualmente, realmente nos aceitarmos e nos amarmos, quando, de fato, sairmos do discurso e passarmos a nos sentir bem, de verdade, conosco mesmo, coisas como esta, da reportagem abaixo, deixarão de existir.
Ame-se e coloque-se diante da vida. Colocar-se, a meu ver não é, só, sair gritando, protestando, reclamando e sim ter a cabeça erguida e orgulhar-se de quem você é, da história que construiu e a pessoa que se tornou. Este é o meu conselho de muito amor pra você.
Segue a reportagem:
Segue a reportagem:
Retirado daqui e reproduzido para o seu conhecimento
Do Jornalístico Bom Dia Brasil, da Rede Globo, exibido em 28 de janeiro de 2011
Sete em cada dez empresários do Brasil não querem contratar gordos
As explicações variam: “Você não se encaixa no perfil que procuramos” ou ainda “Sinto muito, a vaga já foi preenchida”. Mas você já tinha ouvido alguém dizer: “Desculpe, mas não contratamos quem está acima do peso. Você está gordo”? Uma pesquisa feita com empresários brasileiros revela que mais da metade deles não contrata pessoas com quilos a mais.
Esse tipo de restrição atinge todas as profissões. Alguns empresários acham, por exemplo, que é ruim para a imagem da companhia ter uma recepcionista gordinha. Consultores de recursos humanos dizem: eles recebem, sim, orientação para não contratar quem está mais de dez quilos acima do peso. É mais uma das contradições do Brasil, que enfrenta uma epidemia de obesidade.
Segundo o Ministério da Saúde em 2006, quase 43% dos brasileiros estavam acima do peso. Em 2009, esse número aumentou para quase 47%. Por outro lado, uma pesquisa mostrou que mais de 70% dos empresários brasileiros têm restrições para contratar pessoas obesas. Como conviver com essa contradição: a população engorda, e os empregadores não querem funcionários gordos?
Fernando Montero da Costa é consultor de recursos humanos e costuma receber essas orientações verbalmente. “Gordo tem problema de autoestima, gordo é estressado. Eu não gosto e não quero trabalhar com gordo aqui na minha empresa”, afirma.
Ele é contratado por empresas para selecionar candidatos a empregos. Assim, os que são rejeitados por estarem acima do peso não ficam sabendo o verdadeiro motivo da recusa.
“Em termos gerais, a aparência representa de 25% a 30% do critério de triagem inicial. Ela pode representar, por ser gordo, um processo de filtragem que representa a eliminação de 80% a 90% dos candidatos que se candidataram com o mesmo perfil desejado”, alega o consultor de recursos humanos Fernando Montero da Costa.
“É para essas vagas que o empregador acha que é a cara da empresa a gente nota. É sempre uma pessoa magra, bem magra, para irritar a gente, bem magra”, comenta a advogada Roberta Karan Ribeiro.
“Seja com todas as pessoas com quem você convive, seja no trabalho, seja amigos, seja num clube, existe preconceito em todos os mundos que você vive. Por que no trabalho não teria?”, indaga a radialista Marina Perroud.
“Passando de dez quilos acima do peso que seria considerado ideal, já é considerado um obeso. Essa questão da aparência física é para qualquer profissão”, afirma o consultor de recursos humanos Fernando Montero da Costa.
Mas nem tudo está perdido. Ainda existem muitas empresas mais preocupadas com o conhecimento técnico do funcionário, mesmo que ele seja gordinho. “Não tive nenhum problema em relação a isso, nem com a empresa nem com colegas de trabalho”, conta o consultor técnico Edgar Alves Mira.
Em outra empresa, de desenvolvimento de programas para computador, os gordinhos não são maioria, mas estão firmes nos seus postos. “Após fazer a entrevista, já me ligaram para vir trabalhar. Eles vieram mesmo pela parte profissional, não pela parte aparente”, diz o consultor técnico Fernando Guilherme Lamboia.
“Como se trata de uma empresa de tecnologia, o que mais nos importa realmente é o conhecimento. O que vale para a gente é o saber”, explica o diretor administrativo Sandro de Oliveira.
A pesquisa mostrou também que os empresários têm objeções à contratação de mulheres com filhos pequenos e tambem fumantes.
A pesquisa mostrou também que os empresários têm objeções à contratação de mulheres com filhos pequenos e tambem fumantes.
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